quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Campinas: quem te viu, quem te vê...

Já falei neste blog sobre um monte de lugares que visitei, em corpo físico, em sonho ou até mesmo imaginando. Mas não me lembro de já ter falado de Campinas, minha cidade natal, talvez porque ir para lá nunca tenha me parecido uma viagem. Ultimamente, porém... sinto que não sou de lugar nenhum, então qualquer lugar é como se fosse uma viagem.

Cheguei ontem à noite em Campinas, dormi na casa da mãe e hoje fui resolver alguns assuntos na Prefeitura de Valinhos, junto com meu fiel escudeiro Samuel. Saindo do Taquaral, umas 9h da manhã, peguei o Tapetão, sentido Barão Geraldo. Susto: a pista do sentido contrário, vindo de Barão Geraldo para Campinas, estava completamente parada por vários quilômetros. Cena digna de São Paulo.

Para quem não sabe, o Tapetão é esta estrada aqui:


Engraçado que quando saí de São Paulo, há sete anos, isso não acontecia (ou acontecia muito raramente). A estrada liga Barão Geraldo (distrito de Campinas, onde fica a Unicamp) à cidade. Com o crescimento de Barão, que está cada vez mais cheio de condomínios e comércio, esse caminho tem ficado bastante lotado. Existem poucas alternativas a ele e nos horários de pico, tem estado impossível.

MUITOS carros estavam atravessando o canteiro central para chegar à pista de sentido contrário, onde eu estava. De lá, provavelmente iriam pegar um caminho alternativo pelo bairro Costa e Silva, que fica paralelo ao Tapetão. Em certo trecho da estrada, três carros saíam pelo canteiro central, cruzando a pista na minha frente, enquanto um rapaz atravessava a estrada a pé, logo embaixo de uma passarela. Caos! Eu já estava pensando que estava em São Paulo, quando Samuel fez um sábio comentário:

- Pô, campineiros! Nem pra aguentar um congestionamentozinho? Se fossem paulistanos, estariam sossegados, curtindo um sonzinho no carro parado!

Sim, a diferença é que campineiros parecem ainda não estar tão acostumados com o congestionamento quanto os paulistanos. Eles ainda se dão ao trabalho de desobedecer.

O prefeito de Campinas está lá faz seis anos e, olhando de fora, vejo claramente o quanto o trânsito (entre outras coisas) piorou nesse período. Aguardo ansiosamente para ver se alguma medida será tomada ou se a cidade vai seguir a tendência atual, de tornar-se uma miniatura de São Paulo apenas nos pontos negativos.

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