sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Nova Xavantina


Que dizer de Nova Xavantina? Ainda não consegui assimilar minhas impressões desta cidade. Sigo hoje para Canarana, de lá vou direto a Cuiabá, depois Bolívia.

No primeiro dia, senti muita preguiça, muita moleza. Com o calor ardido que estava, a pressão caiu, senti tonturas. Nem por isso deixei de passear a pé. Também tenho dormido muito comparado com o habitual (cerca de 8 horas por noite, sem acordar nenhuma vez).

A cidade divide-se em dois lados, unidos pela ponte sobre o Rio das Mortes: o lado legal e o lado normal. O lado normal tem o centro da cidade, o comércio. O lado legal tem as casas mais antigas, os monumentos históricos, a praça com o marco de fundação da cidade, o templo da Sociedade Brasileira de Eubiose. Andei pelo comércio de manhã. À tarde fui à Praia da Lua, no Rio das Mortes, nadei um pouco no rio. Nada como água para apagar tanto fogo! Também existe a Praia do Sol, que fica do outro lado, mas nessa eu não cheguei a ir. Depois fui andando e fotografando os monumentos históricos.

Praia da Lua


Finalmente, fui ao Templo da Eubiose. Cheguei lá 17:57, com um vendaval espalhando folhas para todos os lados. E lá senti como se eu tivesse esperado muito tempo para chegar a esse lugar, mas ao mesmo tempo o lugar parecia estar me esperando. O céu foi escurecendo, o pôr do sol avermelhado como sempre. Um temporal se armando e a natureza toda se movimentando. Garças, outros pássaros, algumas pacas correndo pelos canteiros. Árvores balançavam fortemente. Raios bem definidos, cortando o céu, trovões bastante fortes. Abriguei-me junto à porta do templo, no único local coberto que encontrei e lá fiquei, observando a água caindo e diversos fenômenos estranhos. O chão queimando meus pés, apesar de já estar mais fresco por causa da chuva.

Templo da Sociedade Brasileira de Eubiose em Nova Xavantina


Ontem o dia parece ter sido mais dedicado a conhecer as pessoas. O que posso dizer é que são sempre valentes, desbravadoras. Quase todos chegaram aqui vindo de outros lugares. Normalmente, moraram em diversas casas e cidades, o que me faz pensar que estou no grupo de risco rs... E muitos que vêm morar aqui partem em pouco tempo para outros lugares.

A impressão que tenho do lugar e das pessoas é de que tudo é bastante volátil. Nada fica estagnado, caso contrário leva logo um empurrão. Há um constante movimento, que não pode parar. É um fluxo constante, moto contínuo. Estando aqui, sinto que também entro nesse ritmo e vou entendendo um pouco mais os acontecimentos deste ano.

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